segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Beleza é fundamental?

A aparência sempre foi uma preocupação humana. Porém, o conceito de beleza foi sofrendo transformações através dos tempos. Basta lembrarmos da figura feminina na Renascença. Suas formas arredondadas foram retratadas nas obras de arte como uma maneira de exaltar o belo. Enquanto hoje, as pessoas vivem numa busca desenfreada pela magreza.

No século XIX, o médico italiano Cesare Lombroso utilizava a aparência das pessoas para categorizá-las. Afirmava que era possível identificar um criminoso considerando apenas sua aparência física. Dizia ainda que mulheres criminosas natas apresentavam características masculinas. Por mais que nos pareça estranho, o pensamento lombrosiano estava em consonância com as teorias científicas de sua época.

Ainda no oitocentismo, havia um biótipo considerado o ideal para as moças de família, que deveriam aparentar fragilidade e candura. A mulher deveria ser inofensiva e demonstrar essa característica em sua aparência e atitude, pois assim ela não ofereceria risco ao domínio masculino, garantindo a manutenção do homem no controle daquela sociedade.

A questão da aparência é extremamente variável, dependendo, entre outros fatores, do espaço geográfico. Exemplo disso são as mulheres de uma tribo tailandesa que usam argolas para alongar o pescoço. Situação inimaginável em outras partes do mundo.

O que é considerado belo hoje pode não tê-lo sido ontem ou não o será amanhã. Ou ainda, não se enquadrar em padrões estéticos de outras culturas contemporâneas. Certo mesmo é que a busca pela beleza é uma tendência humana.

Nas palavras do poeta Vinícius de Moraes: “beleza é fundamental”. Será?

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